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Representes de Oficiais e Praças femininas da Marinha do Brasil

 

Elas foram educadas para exercer o papel de donas de casa, mães e esposas. Sua utilidade estava focada na criação de filhos, execução de tarefas domésticas e bem-estar de seus maridos. A sociedade não entendia que a mulher deveria ter voz ativa. Porém, no final do século XIX, no pós-guerra, essa realidade começou a mudar. Nem tanto por opção, mas por sobrevivência, as mulheres se viram viúvas e sem o apoio de seus pais e, como os homens, foram em busca de trabalho. Diante dessa situação, surge a necessidade de conquistarem posições, de evoluírem, se firmarem como profissionais capazes e serem reconhecidas por isso. Chegaram inclusive às Forças Armadas.

E hoje, 7 de julho, comemora-se 37 anos do ingresso da mulher na nossa Marinha do Brasil. Na defesa de nossos mares, a participação das mulheres remonta a 1980, ano em que a Legislação Brasileira permitiu o ingresso feminino na Marinha. Em decorrência da reestruturação administrativa, ocorrida em 1997, as militares foram inseridas nos diversos Corpos e Quadros.

Militares femininas desfilando


No fim do ano de 2012, em um ato pioneiro, a então Presidente da República, Dilma Rouseff, assinou a promoção da primeira mulher da história do Brasil a ocupar um cargo de Oficial-General das Forças Armadas Brasileiras. Dalva Maria Carvalho Mendes deixou o posto de Capitão-de-Mar-e-Guerra (CMG) para assumir o de Contra-Almirante (CA), que simboliza duas estrelas. Atualmente a CA Dalva Carvalho está na reserva.

Contra-Almirante Dalva Carvalho


Outros dois marcos das mulheres na Marinha são: a abertura da Escola Naval, em 2014, para o ingresso de mulheres no Corpo de Intendentes e a promoção, no fim do ano de 2015, de duas militares do Corpo de Fuzileiros Navais (CFN) ao posto de Segundo-Tenente, serão as primeiras oficiais pertencentes ao CFN e poderão ser, também, as primeiras matriculadas no Curso de Especialização em Guerra Anfíbia, conhecido por seus intensos adestramentos e alto nível de exigência física e mental.

Segundo-Tenente Débora Freitas, a primeira mulher combatente do Brasil

 

Em 10 de abril deste ano, o Comandante da Marinha, Almirante de Esquadra (AE) EDUARDO BACELLAR LEAL FERREIRA, por meio do Memorando n° 1, decidiu ampliar a participação de Oficiais e Praças femininas em atividades de aplicação efetiva do Poder Naval, autorizando-as ao embarque em navios e unidades de tropa. Dessa forma, as Oficiais passarão a ingressar nos Corpos da Armada e de Fuzileiros Navais, a partir da Escola Naval. Já as Praças femininas poderão fazer parte do Corpo de Praças da Armada.

Primeira turma de mulheres da Escola Naval


No decorrer dos anos, a participação das mulheres foi sendo ampliada para diversas áreas de atuação da Marinha, incluindo a Direção de importantes Organizações Militares (OM’s). Com sabedoria, equilíbrio e competência a mulher marinheira vem se consolidando cada vez nos diversos Corpos e Quadros dos Oficiais e Praças da MB, contribuindo para o cumprimento das tarefas da Marinha do Brasil.

Representes de Oficiais e Praças femininas da Marinha do Brasil